terça-feira, 4 de maio de 2010

CAUSA

Por que não enterro os sonhos nos pântanos da vida,

no orgulho, na vaidade,

nas malquerenças.



Por que não entendo as palavras vãs

da mentira, do engano,

do desamor.



Por que não toco as trombetas do enaltecimento próprio,

antes deixo à inteligência alheia as escalas dos critérios de valor.



Por que anseio a perfeição em cada curva do caminho

e apenas me são dados fugazes momentos de imitação.



Quebro os pés de barro dos ídolos que me cercam



e refugio-me no silêncio das ausências.

1 comentário:

  1. Gosto particularmente deste texto. É um lutar contra a maré. Não se deve, nunca, deixar de sonhar. O sonho comanda a vida.

    Conheço um outro blog de poesia e prosa que gosto muito de visitar. É duma rapariga brasileira muito talentosa. Espreite aqui o link:

    http://pao-de-sol.blogspot.com/

    Beijinhos e até mais.
    Rute

    ResponderEliminar