quinta-feira, 1 de julho de 2010

Regresso...

REGRESSO

Virás buscar-me numa manhã de Junho.
Todos os poetas querem regressar no mês de Junho.

Talvez nem seja necessário vires buscar-me.
O caminho do regresso, logo que pressentido,
É fácil de encontrar.

Vencidos ficam os medos, os cansaços, a solidão.
Mortos, sem apelo, ficam os ódios, as maldades.
Nos caminhos do regresso não há lágrimas.

Os caminhos do regresso São feitos de cascatas de águas límpidas.
De planícies verdes,
De montanhas cumeadas de neve.
De brisas perfumadas de flores.

De papoilas que acenam a cada passo em frente.

Os caminhos do regresso chamam-me.
Eu vou. Seguirei tranquila, esperançada.
Numa manhã clara e luminosa do mês de Junho.